A maturidade como habilidade

REFLETE
2 min readOct 21, 2021

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Uma vez eu li em alguma literatura indígena um ensinamento lindo, que dizia que, na época em que se vivia em aldeia, todos aprendiam a conviver com pessoas de diferentes idades. Assim, todos aprendiam a como lidar com bebês, crianças, adultos e idosos. Com a mudança desse modo de vida em boa parte das sociedades, perdemos essa habilidade.

Hoje em dia, vivendo com uma mãe de quase 80 anos, percebo o quão pouco falamos sobre como é esse convívio com alguém já debilitado pelo tempo e onde em vários momentos inverte-se o papel do cuidado. Em como pouco nos foi ensinado, na prática, a termos paciência com o outro — principalmente porque fomos ensinados que ter pressa é o normal.

Ao mesmo tempo, com 42 anos, me vejo também olhando pros anos que vão vir de uma outra maneira. Começo a dar mais valor aos joelhos, visão, respiração. Não quero mais deixar os incômodos virarem sintomas do descuido. E pretendo não desvalorizar tanta coisa em mim e no tempo.

Em meio a isso, vejo um movimento interessante desse olhar pra mulher mais madura, acima dos 45, tanto como pra 3a idade. Talvez porque, agora, nós de 40 estejamos percebendo que queremos chegar lá melhores e, que pra isso, a gente precisa também dar visibilidade as que estão ao nosso redor, tanto em suas dores, como em suas belezas e naturalidades.

Divido aqui algumas iniciativas, textos e campanhas que achei interessantes e me levaram a escrever esse post.

Patricia Pontalti
A jornalista traz vários conteúdos bacanas 45+ que levam a reflexões sobre o tema.

Aprenda Com Uma Avó
Projeto da Olabi, que traz o protagonismo do ensino para as avós.

Miriam Goldenberg
A antropóloga, pesquisadora e escritora tem conteúdos excelentes, tanto em livros, quanto em posts e TedX sobre o assunto.

Ashton Applewhite
A escritora se classifica como uma ativista anti-idade.

No perfil dela, ela divide esse vídeo que vale ver:

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