“Começa em mim. Eu só sei falar do que eu vivo, do que eu sou. Eu sou mulher e meu assunto é esse." — Assim a artista me fala sobre mulheres, que, desde sempre são sua inspiração.
Conheci o trabalho da Rita Weiner pela Theodora, marca dela, que tinha loja online e loja física em SP. As t-shirts traziam já essa combinação que ela faz e tanto abre mares: desenhos com pensamentos ou desenhos que levavam a uma reflexão, saindo das mesmices de vitrines massificadas.
“ Eu sempre desenhei e meio sem querer fui parar no mundo da moda. Eu gostava, mas não me sentia à vontade totalmente. Uma hora tive que tomar a decisão de viver do que eu realmente queria (tentar) e deu certo.”
Em 2013, Rita abriu sua loja online, de maneira independente, longe daquele distanciamento de galerias, e com preços acessíveis, parcelamento idem. Pergunto a ela sobre isso, como tem sido a opção de escolher ser independente.
“Tem sido ótimo, funciona muito pra mim, acho que cada um tem a sua fórmula, mas eu acredito que usar a internet a nosso favor é fazer parte do nosso tempo.”
Dentre as suas colabs mais recentes estão com o Cantão, onde uma coleção pocket foi desenvolvida. “Foi um trabalho que eu amei muito fazer, uma proposta comercial mas com uma pegada diferente, misturando arte e moda, foi demais.” O resultado foram peças em edição limitada, como um brinco-adaga e uma mochila jeans, além de uma pintura que tomou conta da fachada do Astor, no Arpoador.
A outra, dentro da literatura, virou capa e nome do novo livro da Cris Lisbôa: Tem um coração que faz barulho de água. “Não é minha primeira, mas eu amo o trabalho dela e foi um prazer estar ali.” , diz ela.
Avoa, Rita.